Apaixona-te.

Arriscar e não perceber o risco é uma atitude de loucura. É possível que seja um pensamento brusco, mas cá para mim é um pensamento apaixonante.

Passas por demasiadas aventuras e chegas a uma altura que embates numa que te prende. Dura, Dura e Dura. Tanto é duradoura no momento em que acontece, como no momento em que te marca, que te agarra, que te fixa, não na pele, mas no coração.

Hoje quase que morri (adequa-se).

Tinha um projecto, tinha uma ideia, criei uma história, faço dessa história o meu destino. Basicamente sou dono dele. Há erros que se cometem e que não se emendam. Mas também há erros que (simplesmente) não se cometem. Já nem se trata de pensar no passado, e nos erros que se cometeram mas que não se cometeram.

Há quem entenda, há quem não compreenda.

Há (Quem usufrua destas palavras para se rir: “um dia as minhas lágrimas transformar-se-ão na tua dor”.)

Trata-se agora de encontrar uma maneira de blindar os teus dedos, de proteger o teu coração, de não deixar naufragar os teus pensamentos em mãos alheias, (que não têm qualquer sensibilidade para te tocarem) e mais do que qualquer outra coisa, de não deixar que te derramem mais sangue em batalhas que nunca devia ter começado.

Mas há lutas por mais inglórias que se afigurem, que valem o valor que têm.

De ti e por ti.

Já foste uma pérola sozinha e abandonada dentro de uma concha solitária. Agora tens o dom de te fazeres acompanhar, sem dúvida alguma, de uma beleza incrivelmente indescritível. Não passas uma esquina sem que os olhos de quem por ali caminha te radiografem de cima a baixo.

Não é preciso.

Sou dono daquilo que a mim me pertence, sou dono daquilo que conquistei. Ao fim, ao cabo, sou proprietário de nada. E mesmo disso tenho as minhas “inconclusões”.

Quem te conseguir ver assim, quem não tiver dúvidas destas palavras, é fiel aos seus sentimentos.

Percebe que foi de hoje ( 28 do tal mês), para sempre.

Tens um olhar sincero, digno de um brilho celestial, os teus olhos conjugam um branco doce e singelo, com um castanho intenso e robusto de fúria. A fúria que vêm daqueles momentos menos bons, (não muitos), não fosse a parte branca muito maior do que a castanha.

Tens uns lábios meigos, imprescindíveis à harmonia das tuas palavras. A sua cor domina os pensamentos de quem os quer tocar e não pode. (Sentes uma força que te puxa, que te move e direcciona no seu caminho. Quando te aproximas arrepias-te nas costas, estremeces e suspiras de prazer e ao mesmo tempo de raiva. Não lhe consegues chegar.)

(Se tudo fosse uma mão “beijada”, já ninguém escrevia palavras, textos, contos e livros, aliás, duvido que existisse se quer necessidade de expressão, duvido ainda mais, que existisse alguma coisa de valioso entre o inicío e o fim)

Tens uma face suave, rosada e simples. Simetricamente perfeita, daí tão bela. O vento quando chega a ti, molda-se aos teus encantos, passando vezes sem fim pela tua cara. O seu toque acaricia-a, fazendo-a parecer o mais bem polido diamante. (Depois de a ter “lixado” como se da minha barba se trata-se).

A tua pele, rende-me, ajoelha-me. Encantei-me demasiado por um toque doce, e que só bem me fez, demasíado complexo para deixar de sentir a sua fugacidade.

Volvidos tempos, volvidos momentos, espelhando também intempéries em que a dor foi superior a racionalidade, contínuo a caminhar no sentido do término perfeito. Não estou aqui por acaso, não estou pernoitando nos pensamentos mais audazes, mais fugazes, mais austeros, mais irreversíveis só porque é de minha vontade ser assim.

Gosto. Gosto como nunca (gostei),  ninguém me fez aprender a gostar, a superar, a lutar, a desistir, a insistir, a aceitar, a desrespeitar, a encontrar, a esperar, a decidir,a entender, a respeitar, a ser eu, a amar, a querer, a…, aaaa….aaaa….

Rídiculo…

Se não fosse a tua forma, o teu geito de ser, a imagem que formas na nuvem dos meus sentimentos, o espelho que me mostra as vezes que digo a mim próprio, (vezes perdidas), “O quanto gosto não dá para multiplicar por nada, dá sempre demasíado infinito”.

Fica com a música, fica para ti, só para ti.

Toda a letra, toda a batida espero que não te deixe ignorar nada, que não te deixe esquecer tudo, e tudo é demasíado bom.

Apaixona-te.

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